segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Mestre Zé Moleque em sua Ciência e Sabedoria!


 

E a Mestra Cacilda Brilhou!!!!


 Santo Antonio da cana verde, Aê amarra o nego
Santo Antonio da cana verde, Aê nego amarrado
Tás preso, tás amarrado, tás preso de mão e pé, tás preso, tás amarrado, só solto quando eu quiser
Santo Antônio da cana da casa verde, aê amarra o nego
Santo Antonio da cana verdeAê nego amarrado
tás preso, tás amarrado, tás preso de mão e pé, tás preso, tas amarrado eu não solto, não solto não!

sábado, 11 de setembro de 2021

DOCUMENTO NECESSÁRIO PARA QUE SEJA RESPEITADO SEU FUNERAL NO RITO DO CANDOMBLÉ- AXEXÊ

 O QUE É PRECISO DOCUMENTAR PARA SEU FUNERAL SEJA RESPEITADO NO RITO DO CANDOMBLÉ.

Na legislação brasileira existe algo que se chama CODICILO.
Esse nome estranho diz respeito ao escrito de determinada pessoa que se refere a disposições especiais sobre enterro, esmolas de baixo custo, ou a contemplação de pessoas com móveis, roupas, jóias e outros bens de pouco valor, que são de uso pessoal do falecido.
Por meio do codicilo é possível fazer estipulações sobre ser enterrado e como garantir legalmente.
Como me garantir legalmente,
REQUISITOS DO CODICILO:
Forma escrita;
Conter data;
Ser assinado pelo titular;
NÃO é necessária a assinatura de testemunhas;
Pode ser feito por instrumento particular ou público (não é obrigatório registro em cartório).
Todo mundo vai ficar sabendo antes de eu morrer?
Quero ser cremado Como me garantir legalmente
O indivíduo deve dar ciência a uma pessoa com o fito de que cumpra o que foi estipulado (obviamente, tem que ser alguém de confiança).
Pode-se pedir que este alguém jamais abra o codicilo (codicilo cerrado), atribuindo-lhe a função de só acessá-lo após a morte do titular, quando deverá dar ciência a todos do seu conteúdo.
Também pode ser o documento de conhecimento de todos, inclusive sendo registrado em cartório. Isso não dispensa a que alguém seja encarregado de fazer cumprir o codicilo depois do óbito do titular.

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

ARMADILHAS DA FRASE "ESSA NÃO É MINHA FUNÇÃO OU MEU CARGO"

 AS ARMADILHAS DA FRASE “ESSA NÃO É MINHA FUNÇÃO OU MEU CARGO”

Você está terminando aos poucos seu trabalho de fazer acaça, ou cortar os legumes e seu irmão esta sem fazer nada e vc e pergunta se ele pode dar uma ajudinha para finalizar e ele exclama: “Esse não é meu trabalho!”.
Provavelmente você já disse isso uma ou duas vezes. E provavelmente também não causou nenhum mal com sua resposta. No entanto, dizer a um irmão que uma tarefa do terreiro não é sua responsabilidade pode causar sérios conflitos.
Um dos valores mais importantes no terreiro é o Não Fique sem Fazer Nada. Se você vê alguma coisa suja, precisando ser terminada, cortada, guardada, você é encorajado a tomar uma decisão sobre o problema e informar o time apropriado, ou lidar com isso por conta própria. Em resumo: nunca assuma que alguém vai resolver o problema.
Isso me lembra uma história:
Essa é uma história sobre quatro pessoas chamadas Todo Mundo, Alguém, Qualquer Pessoa e Ninguém. Havia um importante trabalho a ser feito e Todo Mundo estava certo que Alguém faria. Qualquer Pessoa poderia ter feito, mas Ninguém fez. Alguém ficou bravo com isso, porque era função de Todo Mundo. Todo Mundo pensou que Qualquer Pessoa poderia fazer, mas Ninguém percebeu que Todo Mundo não faria. Acabou que Todo Mundo culpou Alguém quando Ninguém fez o que Qualquer Pessoa poderia ter feito.
Como você pode perceber, essas suposições e formas de pensar podem criar bastantes dificuldades. Então, quais são as causas e armadilhas dessa atitude auto sabotadora no ambiente do terreiro? Como a cultura positiva do “não fique sem fazer nada” pode beneficiar sua vida no axé?

segunda-feira, 19 de julho de 2021

A LÍNGUA É O CHICOTE DO CORPO!!!


 LÍNGUA O CHICOTE DO CORPO!!!!

As palavras Possuem forças que podem ser usadas de forma correta ou incorreta tanto para construir ou destruir, as palavras podem deixar rastros de destruições ou rastros de realizações, podem trazer confiança ou desconfiança.
As palavras são ferramentas que Deus nos deu para edificar nosso espírito e programar nossa mente. Nosso corpo reage aos sons, nosso espírito responde as palavras formando imagens em nossa mente, e a nossa vida reage a essas imagens. Quando ouvimos uma historia, sorrimos, ou choramos porque agente senti.
Tudo que ouvimos nos faz pensar, o que pensamos nos faz sentir, o que sentimos nos faz agir, e o que fazemos torna-se um habito.
Na maioria das vezes nossos hábitos determinam nosso futuro, trazendo-nos vitórias ou derrotas em nossas vidas.
Por isso acredito que devemos evitar em falar de escassez, obstáculos, derrota, fracasso, e outros derivados do negativismo.
Devemos sim concentrar nas oportunidades disponíveis, nas vitórias que já possuímos, e tirarmos um tempo em nossa mente para saborear o que já triunfamos.
Muitas vezes nossas palavras servem de sinalização a outras pessoas, apontando a direção em que sua vida está movendo, seja na vida material, como também na vida espiritual, porque pelas nossas palavras seremos julgados e condenados.
A boca fala do que o coração está cheio pois o que contamina o ser humano não é o que entra, mas o que sai, pois o que sai procede do coração, E NÃO ADIANTA FALAR QUE FOI SEM PERCEBER OU SEM QUERER.
Eu diria que a língua é o chicote do corpo. É comparada ao mouse do computador, uma pequena peça que auxilia o teclado nos conduzindo ao mundo inteiro através da internet. Assim é a língua, um pequeno membro, capaz de abençoar ou amaldiçoar.
A língua dirige nossos pensamentos para direções específicas e, de alguma forma, ela nos ajuda a criar a nossa realidade, potencializando ou limitando as nossas possibilidades.
A habilidade de usar a língua com precisão é essencial para uma boa comunicação.
Uma boca escancarada e cheia de dentes e uma língua lisa são elementos propícios para dizimar milhares de vidas, cometerem corrupções, desviar dinheiro público, como caso dos maquinários, quantas línguas não estão dando cobertura a esse e outros golpes que já proporcionaram a muitos, construírem verdadeiros impérios usando o chicote do corpo.
Enfim, a língua é uma verdadeira areia movediça, os estragos da língua são tão devastadores quanto uma bomba detonada entre uma multidão, os efeitos de destruição são instantâneos

Só se raspa uma vez caso vc não saia do seu terreiro para outro axé!!!

 Só se inicia no Orixá uma vez, se raspa a cabeça na iniciação e nos 7 anos (Odun ijê) se porventura você toma 7 anos (Odun ijê) a onde foi iniciado não tem necessidade de se raspar novamente por ser navalha daquele axé, agora se você vai tomar 7 anos (Odun ijê) a onde você NÃO FOI INICIADO é obrigado A RASPAR para poder passar para o axé, lembrando que se você já for Egbon e ir para outra casa só toma obrigação não há necessidade de raspar porque seu ciclo já foi fechado sem esquecer que não se tira mão de vivo muito menos se abafa.

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

A morte no candomblé, como a vemos?

 Com tantas mortes ocorrendo resolvi refletir sobre o que o candomblé fala sobre a morte. O Candomblé não acredita que a morte é a finalização de uma vida, mas sim do ciclo aqui no Àiyé (Terra). Conforme o fundamento nas tradições africanas, após a morte física, o espírito é encaminhado ao ọ̀run (céu). Aqueles espíritos que não cumpriram seu destino é que estarão sujeitos à àtúnwa (reencarnação). Contrário ao ponto de vista de muitas tradições religiosas, que acreditam que este mundo é de dor e sofrimento, o candomblé consideram o Àiyé o melhor lugar para viver. Por esse motivo, a reencarnação de um ancestral (Òkú ọ̀run àgbagbà ou Ésà) é sempre festejada na celebração denominada de Yíya ọmọ (voltar a ser criança ou tornar a encarnar).

Além de toda a importância da reencarnação, o candomblé também prestam culto aos ancestrais por acreditar na força e proteção deles.

Porque dançamos no sentido anti-horario?

 PORQUE DANÇAMOS O XIRÊ NO SENTIDO ANTI-HORÁRIO?

Dançar é, ao mesmo tempo, viver, transcender o cotidiano, iniciar-se nos mistérios da vida, da morte e da fertilidade. A dança com o passar dos anos, enriqueceu-se de fórmulas, de construções que se tornaram passos tão numerosos quanto às palavras, encadeando-se traduzindo situações, estados de alma. Utilizando as palavras, depois as batidas de mãos e de pés como acompanhamento, a dança apoderou-se, em seguida, da música.
No candomblé as danças são realizadas com os participantes dispostos em forma circular, onde essas rotações são realizadas em sentido anti-horário para se repensar a ideia de volta aos princípios, uma forma de aproximação com a ancestralidade.
As cerimônias são caracterizadas por dois momentos, o Xirê, onde se canta para todos os orixás, no mínimo três cantigas acompanhadas pelas danças. Em uma grande roda, todos os integrantes dançam representando as características de cada orixá, imitando seus gestos. O segundo momento é caracterizado pela chegada dos orixás, os integrantes então são devidamente trajados e recebem suas ferramentas. A partir daí, o orixá que desenvolve a coreografia sagrada.
Essa dança ritualística do candomblé, acaba por corresponder uma forma de oração corporal, uma prece em movimento. Essa oração é expressada pela dança ritual, promovendo harmonia entre espírito, mente e corpo, como uma forma de canalização de energias transcendentes do mundo espiritual e externando-as na dimensão material.
Na dança consolida-se o fenômeno mediúnico no movimento. Fato que ocorre na dança ritualística, onde o médium comunica corporalmente seu estado de transe e deixa transparecer o outro espiritual que naquele momento apodera-se, mesmo que parcialmente, na sua mente. O médium libera a irradiação da energia pelo seu guia, o círculo feito durante a dança afasta tudo que se refere ao mundo exterior e concentra ali apenas o que é espiritual e divino, acontecendo então a união com o sagrado, o seu orixá.
Ao longo do transe, as entidades manifestadas nos médiuns executam movimentações e gestos que caracterizam símbolos arquetípicos das entidades que habitam seu corpo. Movimentos circulares ou em forma de cruz, movimentações feitas geralmente com as mãos para representar as flechas, espadas, lanças, espelhos, pentes, laços e etc, objetos pertencentes aos orixás.
Outro fator de suma importância nas danças ritualísticas, é a relação dos pés com o chão. Os pés descalços relembrando a dança dos negros e dos indígenas brasileiros, a relação com a terra dando a ideia de ancestralidade está presente quase sempre nessas danças. O corpo do médium a partir desse momento simboliza a memória e tradição da cultura umbandista.
A dança então, integra aspectos sociais, espirituais e cósmicos. Por conta disso utilizam-se de movimentos que expressam suas tradições, o contato como mundo espiritual e a alteração da consciência.
A prática da dança ritualística de forma ordenada e realizada com conhecimento acaba ocasionando uma condição de saúde mental, valorizando a imagem corporal dos indivíduos e colocando-os em uma condição de relacionamento saudável com ele próprio e com o coletivo.