terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Saida das egbomis de oyá e omulu e das yaô de oyá e oxum

Nada é fácil neste caminho espiritual, mas quando é feito com amor as dificuldades serão ultrapassadas, que minhas filhas sempre renovem sua fé!!





domingo, 24 de novembro de 2019

HIERARQUIA E PODER NUMA CASA DE CANDOMBLÉ



Ter poder, e ser de fato detentor de algum poder, são situações distintas em uma comunidade religiosa de Candomblé, isso no meu entendimento. A utilização do poder e da hierarquia numa Casa de Santo não está escrita em nenhum código explícito de conduta, nem mesmo está escrito de fato; a hierarquia e o poder existem pelo simples fato de ser assim e evitar o caos.
Porém, são a hierarquia e o poder bem aplicados que mantém o grupo unido em torno de um objectivo ou de alguém, um líder. Mesmo se pensarmos em um trabalho filantrópico, sem fins lucrativos, perceberemos a hierarquia por trás do projeto; há sempre um líder, um catalisador, alguém a quem se prestam contas; e numa Casa de Santo não seria diferente.
O que vejo de problemático neste modelo de hierarquia e poder concentrados em mãos pouco habilidosas para o trato com as pessoas, é o fato dessa hierarquia sacerdotal estar diretamente ligada ao status que os postos de zelador, ogan, ekedi dão a alguns dignatários sem preparo e sem cultura suficientes para exercer estas funções; que lidam direta e diariamente com pessoas, com emoções e sentimentos, com vidas. E, desta forma, o poder se torna um problema.
Para exercer corretamente o poder é necessário, além do “direito conquistado”, ter o reconhecimento e o respeito da comunidade. É necessário ser um líder nato, e não um mero ditador de normas e os grandes nomes de nossa religião nem sempre tiveram educação formal completa, mas tinham carisma e sensibilidade. Portanto, a educação a que me refiro nem sempre é a formal, pois educação vem de família e, como somos uma família pergunto:
– Como estamos então educando nossos filhos?
Deve-se ter bem claro em uma comunidade quem é o líder e quem são os liderados. Falo em líder e liderados, não senhores e escravos. Frequentemente se confunde hierarquia com satisfação dos desejos do elemento mais graduado, confundindo liderança com imposição do medo. O bom líder orienta, o mau líder se aproveita da fraqueza do outro para diversos fins.
Como disse antes, em nossa religião não há um código de conduta escrito e formal; cada zelador é livre para fazer ou desfazer o que bem entender da forma como bem entender em sua Casa. Logo, isso leva à formação de entendimentos particulares das noções de respeito à pessoa, e a hierarquia passa a só ter valor quando imposta de cima para baixo e de dentro para fora do grupo detentor do poder, sendo o restante do grupo relegado à condição de mantenedores do “status Real”.
Casos típicos de confusão e de má conduta ética são os zeladores que, não tendo cultura ou educação (inclusive formal), quando empossados no comando de uma Casa não hesitam em tratar as pessoas com total desprezo, principalmente os membros da sociedade civil de maior prestígio que lhes frequentam as Casas.
Educação talvez seja um bom começo.
Não é porque não há um código de conduta que direcione o comportamento dos graduados que estes podem dispor das vidas, desejos, anseios e liberdades alheios da forma como melhor lhes convier. Somos, no mínimo, pensantes e temos sim direito ao bom e respeitoso tratamento, pois hierarquia e poder não pressupõe opressão.
Pelos motivos acima, creio que o que constantemente leva uma Casa a perder seus filhos e ser reconhecida como um local não muito confiável é a falta de capacidade do seu quadro, do seu staff, que geralmente está mais envolvido em disputas internas e silenciosas pelo poder do que centrado no que realmente importa, que é a educação e crescimento dos membros da comunidade. E, nestas disputas, não se leva em conta a sobrevivência da própria Casa como instituição de amparo aos filhos; não se leva em conta nada, somente a obtenção do poder a qualquer custo ou a manutenção dele.
Como disse anteriormente, há também os que rejeitam o poder. Estes não contribuem em nada e se colocam à margem das disputas, mas também não se posicionam contrários a estas.
O objectivo deste texto é dizer que o poder deve ser utilizado para colaborar, para influenciar positivamente, para fazer crescer a comunidade e os filhos, portanto devemos, antes de nos entregar de corpo e alma, avaliar cuidadosamente que tipo de poder queremos exercer e a que tipo de poder estaremos sujeitos.
A busca constante da felicidade conduz à felicidade.
Não sei de quem é a frase, mas é bem interessante.
Tomege do Ogum

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

A importância do BORI, alimentar a cabeça (ORI)

O equilíbrio que te falta e as coisas que você não consegue conquistar, está na sua cabeça que não come!
Assim como o nosso corpo precisa do alimento material, o nosso espírito e a nossa cabeça precisa de alimento também!
Algumas pessoas associam isso a tomar obrigação de santo ou coisas relacionadas, mas saiba que alimentar a cabeça vai muito além disso! Alimentar a cabeça é um ato diário!
Nossa alma, nossa energia, nosso espírito, nosso corpo fala conosco todos os dias, nossa saúde física e mental estão diretamente ligadas, sempre, por isso eu repito, alimentar a cabeça vai muito além de tomar obrigação!
De nada adianta você passar farinha no corpo, tirar ebó, tomar bori, recolher dias e dias, fazer a mágica do saci.. se você não trabalhar a sua cabeça, as suas emoções, os seus atos!
O teu corpo dá sinais, a tua mente dá sinais, alimentar a cabeça é a chave de muita coisa em nossas vidas!
Quer respostas para as coisas que não dão certo em sua vida? Comece a observar o seu comportamento, a tua forma de pensar, pois as vezes você mesma(o) é o elemento que atrasa a sua vida e barra suas conquistas e realizações.
O pensamento tem um poder imenso em nossas vidas, mas para que seja positivo precisamos alimenta-lo diariamente, ninguém disse que será fácil, e te garanto, não será. Mas tente expandir suas ideias, filtrar sua energia e se observar!
Para quem é de santo, ter equilíbrio é obrigação!
Ninguém se inicia, frequenta uma casa ou se dedica ao sagrado para não prosperar, andar para a frente, muita gente se frustra com a nossa religião pois acham que obrigação é passe de mágica, resolução automática dos problemas. Não!
Seria fácil e sem prazer se assim fosse!
O bom da vida é justamente enfrentar todos os obstáculos de cabeça erguida, firme e objetiva, tendo a certeza que honramos plenamente a ancestralidade acima de nós!
Facilidade não honra Òrìsà!
Facilidade é para quem não sabe o que é entregar e confiar de olhos fechados nas forças da natureza, nossa ancestralidade, nosso santo, o sangue que corre em nossas veias!
Devemos equilíbrio ao nosso Orí, sem isso não teremos bençãos nenhuma, nem de Òrìsà e nem da vida.
Pense!

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

COMPREENDER A IMPERMANÊNCIA E AS MUDANÇAS DO CANDOMBLÉ

Compreender a impermanência é saber que tudo muda o tempo todo e que nada é permanente, nem mesmo nossas dores e as nossas feridas.
Geralmente ficamos muito triste quando as coisas mudam, mas esquecemos de perceber o lado positivo dessas mudanças.
A água do rio hoje, não será a mesma água do rio de amanhã, e ainda assim, será o mesmo rio. Talvez nesse mesmo rio, tenha amanhã, uma água mais pura e cristalina. E é graças a impermanência que tudo é possível. Graças a impermanência, existe um fluxo de vida que pode fluir por vários caminhos.
O que seríamos de nós se nosso sofrimento fosse eterno e permanente?
Quando pudermos perceber o milagre da impermanência, será mais fácil nos libertar de tristezas e sofrimentos. Estamos em constante luta com a nossa mente cheia de desejos e apegos, os quais nos causam dor, sofrimento e frustração.
Não é tão fácil mudar nossos padrões mentais e nossos hábitos. Estamos sempre repetindo os mesmos padrões que muitas vezes são destrutivos e nos causam muitos conflitos interiores, nos mantendo reféns de nós mesmos. No entanto, é preciso perceber o que nos mantêm prisioneiros desses hábitos e padrões, quais atitudes são as causas de nossos sofrimentos. Quando compreendemos que ao mudar nossas atitudes e pensamentos também eliminamos nossas dores, podemos enfim, viver de uma maneira mais saudável e equilibrada.
Tudo está em constante mutação. A impermanência faz parte de nossa condição humana. Podemos observar quantas mudanças ocorrem tanto em nossa vida como na vida de nossos familiares e amigos. E é através dessas mudanças, que podemos nos libertar de nossos apegos e medos, e desenvolver nossa aceitação.
Quando esquecemos da impermanência, não nutrimos nosso amor corretamente. Quando nos libertamos da prisão interna criada por nossos condicionamentos, preconceitos, apegos, aversões, culpas, limitações e hábitos, começamos a nos aceitar, a gostar de nós mesmos, e consequentemente, começamos a abrir nossos corações para aceitar os outros da maneira que são.
Considerando-se a impermanência de tudo, em um mundo em constantes alterações, o apego representa a ilusão para deter a marcha dos acontecimentos, impossibilitando o surgimento da realidade, muitas vezes, adiando um caminho mais feliz que "nos espera".
Sabemos que muitas mudanças ocorrem inesperadamente em nossa vida, algumas boas, outras difíceis de enfrentar e de aceitar. Porém são muitas dessas mudanças que nos trazem crescimento e maturidade.
Geralmente é através de muitos momentos difíceis que reconhecemos nossa força interior, nossa coragem. E quando reencontramos nossa coragem e confiança, superamos nossas dificuldades com muito mais facilidade.
Sugiro que olhe para sua vida nesse instante, e reflita:
Onde você nasceu? Ainda vive nesse local? Quem são as pessoas com quem você conviveu? Você ainda convive com elas? Em que casa você morou? Ainda vive na mesma casa? Quem são os amigos que fizeram parte da sua infância? São os mesmos amigos de hoje? E seus relacionamentos? Empregos? Projetos? Sonhos? Sempre foram os mesmos? Provavelmente as coisas estejam bem diferentes agora. E o quanto você melhorou com todas essas mudanças? O quanto você pôde aprender com elas? Se nada tivesse mudado você seria quem é hoje?
Quando compreendemos a impermanência, entendemos o valor de cada momento e tomamos consciência de que o momento presente é o mais importante de nossa vida. Só no aqui e agora é que podemos criar e realizar algo, só no presente é que podemos transformar nossas vidas, nossa história. Só o momento presente pode nos dar a verdadeira satisfação. Na maior parte do tempo estamos sempre esperando que no futuro algo melhor aconteça ou ficamos nos lembrando do passado, lamentando ou comparando com o nosso presente.
Precisamos aprender a viver o momento presente, pois se vivermos com foco no passado ou no futuro estaremos sempre ansiosos, frustrados, insatisfeitos e infelizes. Não é sábio se preparar para a vida sem vive-la plenamente.
Se nada é permanente e tudo está em constante mutação, é inútil carregarmos um passado que já mudou, que não existe mais, e também é em vão vivermos num futuro que não existe e que pode nunca existir do modo que imaginamos. Viver e estar no presente é a real oportunidade que temos de criar e recriar a nossa história.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

CUSTOMIZAÇÃO DA FÉ

CUSTOMIZAÇÃO DA FÉ
O grande fenômeno de hoje não é o esvaziamento das religiões, que vão bem, obrigado. o fenômeno atual, com qual eu vou dialogar é a Customização da fé.
O que significa isso? Muitas pessoas entram numa religião concordando com algumas coisas e outras não, como se a religião devesse se adequar ao individuo e não a coletividade. Ao invés do esvaziamento humano para o preenchimento da plenitude divina, há um esforço da minha subjetividade me preencher, dos meus desejos, da minha consciência.
o coletivo passa a não ser importante e sim o que EU ACHO ou o QUE EU GOSTO.
Como funciona? Se eu quero prosperidade, o Orixá também
quer. Se eu quero que o meu candidato vença, o Orixá está ao meu lado. Se eu quero que os meus inimigos pereçam, o orixá abençoa. O orixá QUER o que eu quero. O orixá NUNCA me contraria, nunca pensa diferente de mim, nunca realiza algo que eu não goste ou não concorde, o famoso O SANTO ENTENDE!.
Essa categoria de ORIXÁS mereceria o título de “amigo imaginário” , ou seja, ao invés de eu pensar no radicalmente outro, no radicalmente oposto a tudo que
existe, eu vou pensar no radicalmente eu, SÓ INTERESSA O QUE EU QUERO, como crianças mimadas que não conseguem dividir o pão.

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

segunda-feira, 29 de julho de 2019

dia a dia de uma yalorixá

É uma luta e um esforço constante, quiçá uma arte, a atividade de cuidar. cuidar em dois sentidos: primeiro de si: saber nossos limites e nos perguntarmos até onde eu podemos ir, feito quem está doente e se pergunta se pode tomar uma chuva ou fazer um exercício. cuidar de si e reconhecer as próprias limitações e saber que num dia se pode menos, no outro se pode mais! e segundo, cuidar do outro. cuidar do outro é saber que o outro também tem limites, que talvez o limite máximo do outro seja muito pouco perto do nosso. que a própria capacidade de cuidar (que deve ser recíproca, já que a pessoa que é cuidada deve também cuidar do cuidador!) também é diferente. ou seja, talvez achemos que o outro não está se importando conosco, mas talvez ele esteja no limite da possibilidade que tem de cuidar das pessoas e precise de mais cuidado do que a gente imagina... cuidar no fim das contas é saber que ninguém está pronto 100% pra me ajudar e nem eu estou 100% pra ajudar o outro. mas isso tudo só flui com uma certa harmonia se houver diálogo! precisamos saber dizer "olha, hoje não consigo te ajudar". ou "hoje, não to podendo te ouvir". porque só existe diálogo se existir um que se sente bem pra falar e outro que se sente bem pra ouvir! é difícil mesmo. é um esforço constante. nem sempre se está com paciência, com ternura no coração. e tudo bem! só não pode viver assim, fechado. porque aí sim o ciclo do cuidado se fecha. e esse ciclo precisa estar sempre aberto. porque cuidar do outro e cuidar de si são duas faces de uma mesma moeda

ENTRADAS E SAÍDAS DE UM TERREIRO DE CANDOMBLÉ, UMBANDA!

"Aqueles que saíram de seus egbes, por. motivos de fofocas, picuinhas, motivos físicos ... e torpes.
Na verdade nunca estiveram lá por motivos espirituais.
Não se sai de um egbé por motivos pessoais. Se o orixa escolheu aquela casa é lá que deve ficar. O sair um dia será de ordem restrita de orixá. E com certeza ORIXÁ, não é influenciado por questões mundanas.
Todo egbé terá aquela ovelha negra, aquela pessoa que ama plantar sementinha do mal, aquela pessoa ruim, aquela pessoa que fala de tudo e de todos, aquela pessoa que destila venenos, aquela pessoa que necessita aparecer por ter seu ego lá no chão, aquela que tudo que acontece na vida dela, no axé, espalha pra geral, àquela que não paga, aquela que adora se vitimizar e não será diferente em nenhum lugar, o que é diferente é a maneira do qual vc lida com tal situação. Mas também tem aquela que é acolhedora, aquela que junta, aquela que se preocupa com todos, aquela que quer construir, aquela que quer crescer, aquela que cuida dos igbas, aquela que não cuida, enfim. AQUELA, há em todos os lugares. Tem gente que sai, vai contra o orixá e depois é compelido a voltar.
1. Esteja para seu Orisa, e nunca por um outro alguém!
2. Vivencie o Sagrado, não faça e depois jogue na cara que fez e fulano não fez.
3. Faca para Orisá, sempre!
4. Nunca espere reconhecimento de pessoas, e sim de Orisá!
5. Procure ter ética e caracter pois Orisá se alimenta disto também! E vc sofrerá por suas próprias ações.
6. E pode demorar o tempo que for, uma hora a máscara do falso irmão cairá! Exú não dorme.
7. O tempo sempre foi, e sempre será o dono de nossos caminhos, entregue a ele, e ele lhe dará a melhor resposta.
8. Respeite o mais velho e se dê ao respeito tbm.
9. Bem aventurado aquele que honra e respeita o seu babá e sua yá. Com certeza seus dias se prolongaram na terra.
10. Consultas fora do seu egbé, não são cabidas, afinal 2 colheres não mexem na mesma panela.
Se você ama Orisá, é capaz de superar isso tudo, nunca se iguale aquela pessoa que pode ter todas as obrigações tomadas, mas no fim é pobre de espírito!
Idade não condiz com conhecimento, e posto não condiz com humilhar, se encostar, apenas mandar.
E nem obrigações arriadas condiz com crescimento ou evolução espiritual, obrigação de santo nenhum muda caracter. Veja como o cargo cuida dos seus igbas, só assim ele(a) poderá orientar a cuidar dos outros.
Lembre-se que Orisa é a natureza, quando o vento soprar os verdadeiros ficam, e as línguas?
Ahh... as línguas,
sairão de seu egbé
falando do Zelador
do chão que comeu, bebeu, acolheu ...
Sempre será assim e não mudará por agora.
Candomble é pra quem tem fé, não aquele que acha que tem!
Então permaneça, com sua fé, seu amor, e sua fidelidade ao seu Orisá.
Se coloque no lugar de seu babá/yá. Veja como vc resolveria àquela situação.
Faça parte da solução, nunca seja o problema.
Expulse do egbé às 3 pessoas ruins.
* Me falaram
* Me contaram
* Me disseram
Não perca seu tempo tentando se vingar de quem te fez algum tipo de mal, o que é ruim se destrói sozinho."
Fonte: Texto da Internet

COBRANÇA DAS ENTIDADES PARA FAZER SEU ASSENTAMENTO SEJA DE ORIXÁ OU JUREMA!

Quando uma entidade cobra que se faça um assentamento, seja de orixá ou de jurema é preciso que o filho ENTENDA que é sua responsabilidade lavar, cuidar, trazer vela, cachaça, mel, azeite e que pelo menos 1 vez ao ano procure saber se as entidades estão querendo algum ingé (sangue) ou comida seca. Caso vc tenha um assentamento e não queira TER ESTA RESPONSABILIDADE procure saber com a dirigente da casa como se faz para despachar pois terreiro não é depósito de assentamentos e ali esta sua vida espiritual!!!!

AO CHEGAR NO TERREIRO!

AO CHEGAR NO TERREIRO.
Honrem a saudação da casa.
Vejo repetidas vezes pessoas entrarem, trocar de roupa e já saudar mãe Valda. Ela é nosso alicerce, mas o alicerce dela (sua ancestralidade) merecem o mesmo respeito. Entrar numa casa e não cumprimentar seus "habitantes" é no mínimo desrespeitoso.
Peçam licença à Exu, saudem a mina, ariaxé (Sango e demais Orixás), os atabaques, a 'cadeira' (antepassados). Passa pela Jurema (onde NÃO se bate paó, nem cabeça), e cumprimenta Malunguinho (obviamente não passar do portão sem supervisão de um mais velho, com os seguintes dizeres: "Salve a Jurema, salve o angico e o vajuca")
seguir para a casa dos pretos, pedir licença bater palmas (assim como numa "casa de interior", sem alarde, com respeito) usa-se a mesma saudação, pede bênção aos pretos velhos, saúda as santas almas benditas) e seguimos para saudar mãe Valda, mãe Lourdes e os demais.
Levo esse aprendizado familiar para o candomblé. Me dê agô se estiver ensinando errado. Mas aprendi que nossos mais velhos merecem nosso respeito. Logo, após mãe e Lourdes, procurem pai Cabelo, vejam sua idade e sua sabedoria, procurem Sandro e Edinho. São nossos tios no Santo. E mesmo sabendo que alguns de nós somos patentes suspensas ou feitas na casa de Sango, devemos respeito à pessoas com mais tempo de Santo que nós.(Keila Costa_)

excelente texto de 1946 sobre o vinho da jurema!

http://www.etnolinguistica.org/biblio:lima-1946-observacoes?fbclid=IwAR2XaBOW865J8QhHAggVQi3kJ1w1cUEAVq9hxv1k32Hz6YbfbbZOxuLIauk

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Cortejo da oxum 2019 com a participação do afoxé omo nilê ogunjá

No

















dia 14/07 nos preparamos como nos últimos 4 anos para fazer o cortejo até a cachoeira onde entregamos os presentes para oxum, agradecendo pelo ano de amor, fartura entre outras coisas. Para o povo de terreiro oxum sempre nos dá a sensação de alegria e beleza.

sábado, 20 de julho de 2019

Canjerê dos pretos velhos 2019






Todo mês de maio o Ilê Asé Sango Ayra Ibona abre suas portas para o canjerê dos pretos velhos, onde se recebe as pessoas para que sejam consultadas sobre suas doenças ou apenas rezadas contra o olho grande, após servimos as comidas do canjerê, ou seja, todas as comidas em que os pretos gostam como manguzá, tapioca, doces...

terça-feira, 21 de maio de 2019

10 anos do Ilê Asé Sango Ayra ibona

E o Ilê Asé Sango Ayrá completou 10 anos de existência e resistência, de muitos risos e muitas lágrimas, de policia parando minhas festas, de idas e vindas da justiça criminal por conta de denúncia de vizinhos, mas hoje vejo que tudo faz parte do aprendizado. Mestre Zé Moleque sempre fala que é preciso ver o mel das pessoas pq se ele não buscar este mel nem ele desce mais a terra! Parabéns a todos que caminharam comigo!!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019